quarta-feira, 22 de julho de 2009

"E você vai ser muito feliz... É só na vida acreditar."
(http://www.youtube.com/watch?v=nUiyc41QC98)

A canção de Lucinha Lins (Composição: Michael Sullivan / Paulo Massadas)gravada na história de muitos de nós que hoje beiramos os 30 anos fala de forma simples e pura sobre algo que, não importa nossa idade, sempre buscamos. A felicidade.

Como é difícil ser feliz. Ou seria como dificultamos nosso próprio caminho para a felicidade. Ou, ainda, como - por tolices da vida - atrapalhamos o caminho alheio. Tanto faz. A questão é que sempre complicamos o simples. Invariavelmente ignoramos o detalhe. E praticamente esquecemos do essencial.

Mas, por que? Por nossa necessidade de sempre racionalizar? Por nosso instinto de buscar a "verdade"? Não. Eu acredito que não. Na verdade, os seres humanos se deliciam sendo tristes. E, parece-me que a tristeza anda cada vez mais em moda.

Ficar triste, estar triste. Sim. Contudo, ser triste nunca. (Poderia entrar aqui no "Complexo de Gabriela", mas deixarei para outro post)

Eu sei que penso demais. Grande parte das vezes nem penso no que realmente importa. Porém, há algo que muito me agrada. Vivo revivendo mentalmente minha vida. O que me causa uns constrangimentos internos. Mas, sobretudo, me faz ver como sou feliz. Como pequenas coisas fazem esta minha alegria saltar aos meus olhos (deixando-os brilhando), estampar um sorriso, gargalhar de forma nada discreta e ter um momento em que realmente me encontro comigo.

São fatos tão diminutos que para os outros nem podem ser significativos. Minha felicidade se agiganta com um "!" no fim de um "bom dia", com aquele apertinho a mais nos abraços, com alguns segundos a mais de um beijo, quando ganho mais do que um aperto de mão, quando vejo aquele emoticon do Messenger que tem óculos de grau de aro preto, com o despertar recebendo um "oi", com uma ligação inesperada, com um almoço entre amigos, com uma visita, quando descubro que ainda há um restinho de água no meu copo ou uma última batatinha, quando chego na parte de chocolate do meu "Molico sensação", quando como camarão, quando penso na minha infância, quando ouço uma voz amiga...

Acordei, mesmo depois de uma noite pessimamente dormida, com uma vontade de ser "muito mais feliz".

Um comentário:

  1. Eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim, Gabriela. - discordo com o fato de dizer que nos deliciamos sendo tristes, procurando a tristeza... Acredito que essa visão é maquiada pelo fato de não sabermos como agir, às vezes. Mais ou menos assim, confuso. Excelente texto. Não há como fugir do dito: escrevemos melhor, quando escrevemos o que estamos sentindo no momento!

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